segunda-feira, 18 de abril de 2011

"... e o desejo de hoje é que o sonho desta noite volte com o sono da próxima noite."


fernanda.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

" mais 
uma vez
vou 
fingir 
que 
não 
 vi "


post scriptum:

o que seria o ato de fingir?
o que tem por trás do fingimento?
o sorriso sem graça é o cartaz que vem na frente.
é ele quem abre as alas para a resposta que o fingidor não queria tanto:
" oi. "
mas eu queria ter dito mais.


fernanda.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

solidão

"Solidão não é a falta de gente para conversar, 
namorar, passear ou fazer sexo... 
Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos 
pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... 
Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, 
às vezes, para realinhar os pensamentos... 
Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino 
nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... 
Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... 
Isto é circunstância

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e 
procuramos em vão pela nossa alma...."

[Chico Buarque]

terça-feira, 12 de abril de 2011

uns versos

Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo



Sou seu fado, sou seu bardo
Se você quiser ouvir
O seu eunuco, o seu soprano
Um seu arauto
Eu sou o sol da sua noite em claro,
Um rádio
Eu sou pelo avesso sua pele
O seu casaco

Se você vai sair
O seu asfalto
Se você vai sair
Eu chovo 
Sobre o seu cabelo pelo seu itinerário
Sou eu o seu paradeiro
Em uns versos que eu escrevo

Depois rasgo

[Adriana Calcanhoto]

quinta-feira, 7 de abril de 2011


"Je n'oublierai jamais ses paroles..."



"ainda não encontrei nada igual:
nem gosto, nem cheiro, nem forma...
és único. és saudade."


fernanda.
"Espere o doce (talvez amargo, não se sabe...)
remédio do tempo administrado por Deus.
Perguntas o que será feito de ti no dia de amanhã...
Mas quanto importa o destino ante os jogos
de mentiras e verdades, de erros e acertos?
Vale muito pouco até que saibamos aproveitar
o que nos compete neste minuto.
O que fazemos hoje decide
o que seremos amanhã.
Espere com paciência.
Beba o tempo."

Fernanda.